🕰 Tempo de leitura: 5 minutos
📍 De onde escrevo: Boipeba, Bahia
📜 Temas principais: Como me tornei nômade - parte 2; Os benefícios do slow travel; O nômade digital precisa estar sempre viajando?
🥾 Jornada
Reflexões e desabafos
[Como me tornei nômade - parte 2]
Em 2012 fui fazer meu primeiro mochilão internacional e ele durou 100 dias.
Foi pela Europa e Marrocos e foi a viagem que mais mudou a minha vida (todas acabam mudando algo na gente, mas essa bateu recordes haha).
Ali eu entendi que a vida na estrada fazia muito mais sentido que qualquer outra e foi a partir dessa viagem que entendi que não queria viver de outra forma, que não fosse viajando…
Porém, voltei pra casa, vivi a vida, me apaixonei, me mudei para São Paulo e nunca estive tão distante da vida que sonhei pra mim.
Corta para 2014… Solteira novamente, buscando uma maneira de me conectar com a vida nômade que tanto sonhei, sem muita grana… Passava horas buscando na internet uma forma de conseguir viver na estrada…
E foi aí que resolvi buscar no Google: “como viajar o mundo sem dinheiro” e ele me respondeu com alguns artigos ensinando a "viajar de graça".
Depois de muita pesquisa descobri o conceito de "ClickBait", que é usar um título atrativo pra gente entrar e ler, mas muitas vezes ele passa longe da verdade.
Os artigos ensinavam a viajar barato, mas nunca de graça. E eu fui ficando triste a medida que lia, pois não tinha a grana necessária pra viver viajando. Até que um artigo me chamou atenção…
Ele falava sobre trabalho em navio. E não precisava investir dinheiro! Que novidade boa 🤩 A cia pagava a passagem e um salário, além de dar acomodação e comida.
PRONTO! Naquele mesmo dia me inscrevi em 3 agencias, refiz meu currículo, e já comecei a procurar trabalhos em hostels pra pegar alguma experiência em bar/cozinha.
Trabalhei em 2 hostels e um restaurante peruano numa feirinha no centro de São Paulo e em 2015 fui selecionada e comecei a trabalhar em navio.
Na parte 3 vou contar como foi a experiência, quanto tempo de contrato e pra qual cia eu trabalhei, então não percam a News na próxima quarta!
👣 Caminhada
Dicas práticas e hacks de viagem
[os benefícios do slow travel]
Viajar mais devagar, sem pressa, sem precisar arrumar a mochila a cada 3 dias e sem precisar planejar o próximo destino a cada 2 dias. Já pensou na possibilidade?
Slow travel é a arte de passar mais tempo nos destinos e viver uma vida mais local e menos turística, ou seja, viajar para menos lugares para poder experienciar e sentir cada um deles.
“Mas Gabi, quais os beneficios de viajar mais devagar?”
Bom, o primeiro é que desde que coloquei o pé no freio, eu pude relaxar mais e de verdade… Sem pressa e sem ter que explorar pontos turísticos e planejar rolês todos os dias. Também passei a me conectar muito mais com os destinos.
Vejam que os lugares que mais me conecto e mais amo são Caraíva (morei e volto sempre pra ficar um tempo), Colômbia, já fui 5x e passei mais de 8 meses no total… Koh Lipe que morei 1 mês esse ano e Bali, que morei 9 meses…
Você consegue economizar e criar uma rotina. Ter restaurantes e cafés preferidos e criar conexões com pessoas e lugares. Você consegue fazer amigos :)
Fora os lugares e experiencias únicas que você vai viver por conhecer melhor o lugar e as pessoas.
E aí, já pensou em desacelerar e viajar mais devagar? Se você já é adepta ao slow travel, comenta aqui pra eu saber mais :)
🌉 Travessia
Viver viajando
[o nômade digital precisa estar sempre viajando? - ser X estar]
Em 2022 e 2023 tive a oportunidade de conhecer muitos viajantes nômades pela Ásia e todos estavam viajando, mochilando, em um ano sabático, ou seja, em movimento.
Tinham tours ou day trips marcadas quase sempre, ou algum desejo de explorar lugares novos todos os dias. Queriam ou precisavam se manter em movimento.
Já eu, estava morando em Bali por meses e não sentia a mesma urgência. Passava dias sem ir numa cachoeira ou num templo, trabalhava dos mesmos cafés e ia nos mesmos restaurantes.
Percebi uma leve diferença na nossa rotina e após conversar com algumas pessoas, entendi que elas tinham dificuldade em saber se ainda poderiam se denominar nômades quando voltassem para o Brasil, ou quando parassem alguns meses pra descansar.
E a verdade é que no calor da hype, todo mundo quer tirar uma lasquinha do nomadismo digital, mas muita gente saiu pra viajar com um prazo delimitado e vai voltar pra rotina de trabalho fixo e presencial depois.
Por outro lado, vir passar um tempo no Brasil, ou alugar uma casa 6 meses na Espanha, não significa que você deixou de ser nômade.
Não tem um tempo mínimo ou máximo que você pode ficar num lugar. A definição de nomadismo digital é não ter base fixa e trabalhar online, no digital.
Então não se preocupem, não fiquem ansiosos e não se prendam a rótulos. :) Eu voltei pro Brasil pra cuidar da minha Mamis e devo ficar um tempo maior que o previsto.
Nem por isso eu perdi meu sono debatendo internamente se deixo de ser nômade ou não… Sigo firme no nomadismo, mas às vezes vamos ficar em uns lugares mais que em outros, você também, E TÁ TUDO BEM… Concordam?
Fica aqui meu carinho e espaço aberto pra quem quiser conversar sobre o tema. Os comentários servem pra isso, podem usar e abusar.
Até a próxima quarta!
As vezes a gente tenta tanto sair de uma bolha, que acaba caindo em outra ou até criando uma nova muito parecida. Viajar é incrivel e poder trabalhar com isso as vezes é tão legal, que não sentimos que podemos parar, descansar, recalcular a rota, sofrer, chorar, e sentir frustração no nosso trabalho. Mas podemos e devemos dar espaço pra essas emoções, não nos tornamos robos ao fazer essa escolha e ter uma rede de apoio é importante pra segurar a onda nos dias não tão bons.
🔗 Pra organizar a viagem:
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Texto deliiicia Nega! Eu sempre fui (e sigo sendo) muuito adepta ao slow travel, nesses todos anos e estrada foi oq sempre fez mais sentido pra mim por não ser algo de ferias nem passageiro e sim de vivências mesmo, e tudo é muito pessoal, sei que tem mta gnt que não tem o estilo de vida que permite ficar meses na estrada mas alem da disponibilidade de tempo, tem a maturidade da coisa: O dilema de quem fica o ano todo sonhando em viajar e quando pode, quer fazer 10 países em 2 semanas e acaba passando um pincel em tudo e não se aprofundando em nada, e não que eu esteja julgando quem faz pq eu mesma ja fiz, são fases na vida e por mais divertido e intenso que tenha sido, hoje eu consigo ver claramente o tipo de viagem que faz mais sentido e abrir mão de fazer x ou y faz parte das escolhas. É sobre conexão e como minha mamis sempre diz, "escuta teu coração" la tem a resposta pra tudo <3
Que delícia de texto, Gabi! Tu sempre sendo certeira nas palavras. <3 Tô amando teus textos aqui... é uma forma de matar a saudade das nossas conversas também.
Acho que o grande lance da vida é viver cada momento, viver o presente! Seja na estrada ou "estacionado". Curtir cada forma de viver. É gostoso demais estar viajando e absorvendo novas culturas e lugares. Mas estar em casa é tão bom quanto! Nada como o aconchego do lar, do nosso país, nossa língua, nossa comida. <3
Negaaaa, saudades demais de ti! Tu é massa demais! ;)